Og Mandino
PRIMEIRO PERGAMINHO: HOJE COMEÇO UMA NOVA VIDA.
Hoje mudo minha pele velha que sofreu, por muito tempo, as machucaduras do fracasso e os ferimentos da mediocridade. Hoje renasço e meu berço é uma vinha onde há frutas para todos.
Hoje colho uvas de sabedoria da mais alta e carregada videira da vinha, pois elas foram plantadas pelos mais sábios de minha profissão que me antecederam, geração após geração.
Hoje provo o sabor das uvas dessas videiras e, em verdade, engulo a semente do êxito incrustada em cada uva e uma nova vida brota de dentro de mim.
A carreira por mim escolhida é plena de oportunidades, embora repleta de desgosto e desespero e se os corpos daqueles que fracassaram fossem empilhados um em cima do outro lançariam sua sombra sobre todas as pirâmides da Terra. Contudo, eu não sou como os outros, pois em minhas mãos tenho agora o mapa que me guiará por águas perigosas às costas que, ontem mesmo, pareciam apenas sonho.
O fracasso não é mais o tributo da minha luta. Assim como a Natureza não preparou meu corpo para tolerar a dor, também não determinou que minha vida sofra o fracasso. O fracasso, bem como a dor, é elemento estranho à minha vida. No passado eu o aceitei, como aceitei a dor. Agora eu o rejeito e estou preparado pela sabedoria e os princípios que me guiam das sombras para a luz da riqueza, das posições, do poder sobre mim mesmo e da felicidade, bem além dos meus sonhos mais extravagantes, quando até mesmo as maçãs douradas do Jardim das Hespérides não me parecerão mais que minha justa recompensa.
O tempo ensina todas as coisas àquele que vive para sempre, mas eu não tenho o luxo da eternidade. Contudo, dentro do tempo que me foi concedido, vejo-me na obrigação de praticar a paciência, pois a Natureza jamais age apressadamente. Para criar a oliveira, rainha de todas as árvores, cem anos são necessários. Em nove semanas a cebola já está velha. Não me agrada viver como uma cebola. Agora torno-me a maior das oliveiras e, em verdade, no maior de todos os vendedores. E como realizo isto? Pois não tenho nem o conhecimento nem a experiência para alcançar a grandeza e já tropeço na ignorância e caio nas águas da lamúria. A resposta é simples. Começo minha jornada desembaraçado do peso de conhecimentos desnecessários e dos obstáculos da experiência sem significado. A Natureza sempre me forneceu conhecimento e instinto maior que a qualquer animal da floresta, conhecimento e instinto superior até mesmo ao valor da experiência, experiência esta, em geral superestimada por velhos que parecem sábios, mas falam tolices.
Em verdade, a experiência ensina completamente, porém, seu curso de instrução devora os anos dos homens e dessa maneira, o valor de suas lições diminui com o tempo que se faz necessário para adquirir-se sua sabedoria especial. Seu objetivo desperdiça-se com homens moribundos. Ademais, a experiência é comparável à moda; uma ação que resulta em êxito hoje será inaproveitável e impraticável amanhã.
Apenas princípios permanecem e estes eu agora possuo, pois as leis que me levam à grandeza estão contidas nas palavras dos pergaminhos. O que eles ensinam é mais evitar o fracasso do que obter êxito, pois o que é o êxito senão um estado de espírito? Dois, entre mil sábios, se tanto, definirão o êxito nas mesmas palavras, enquanto o fracasso é sempre descrito de apenas um modo:
O fracasso é a incapacidade do homem em atingir seus objetivos na vida, sejam eles quais forem.
Na verdade, a única diferença entre aqueles que falharam e aqueles que tiveram sucesso está na diferença de seus hábitos. Bons hábitos são a chave do sucesso. Maus hábitos são a porta aberta para o fracasso. Assim, a primeira lei que obedecerei é: Eu formo bons hábitos e me torno escravo deles.
Quando criança fui escravo de meus impulsos; agora sou escravo de meus hábitos, como todos os adultos. Rendi minha vontade própria aos hábitos acumulados e os últimos feitos de minha vida, já traçam um caminho que ameaça aprisionar meu futuro. Minhas ações são ditadas pelo apetite, paixão, preconceito, avidez, amor, medo, ambiente, hábito e o pior de todos estes tiranos é o hábito. Se, portanto, devo ser escravo do hábito, que seja um escravo de bons hábitos. Destruo agora meus maus hábitos e crio novos sulcos preparados para novas e boas sementes. Eu formo bons hábitos e me torno escravo deles. E como realizo esse difícil feito? Através desses Pergaminhos, pois cada um deles contém um princípio que expulsa o mau hábito de minha vida e nela recoloca outro que me aproxima do êxito. Pois é outra das leis naturais, que apenas um hábito pode dominar outro hábito. Assim, para que estas palavras escritas realizem a tarefa escolhida, devo disciplinar-me ao seguinte, que é o primeiro dos hábitos. Eu leio cada Pergaminho por vinte e oito dias seguidos, da maneira prescrita, antes de passar ao Pergaminho seguinte. Primeiro, leio as palavras em silêncio ao levantar. Depois, leio em silêncio logo após o almoço. Finalmente, leio de novo, antes de retirar-me ao leito e, o mais importante, é que nesta ocasião eu leio em voz alta. No dia seguinte, repito o processo e continuo dessa maneira por catorze dias. A partir do décimo quinto dia, leio uma vez mais e em silêncio no meio da tarde, repito o processo por mais catorze dias. Tomo, então, o Pergaminho seguinte e repito o processo por outras duas etapas de catorze dias. Continuo assim até viver com cada Pergaminho por vinte e oito dias e minha leitura se torna um hábito.
E o que realizo com esse hábito? Aqui está o segredo oculto das realizações de todos os homens. Com a repetição das palavras diariamente, elas logo se tornarão parte de minha mente ativa, porém, o mais importante, é que também se infiltrarão em minha estrutura psicológica, em minha segunda mente, essa misteriosa fonte ligada a reserva universal e que nunca dorme, que cria meus sonhos e freqüentemente me faz agir de maneira que as vezes não compreendo. Assim, com as palavras destes Pergaminhos consumidas pela minha mente misteriosa, eu desperto, a cada manhã, com uma vitalidade que jamais conheci antes. Meu vigor aumenta a cada dia, meu entusiasmo é cada vez maior, meu desejo de encontrar o mundo vence o medo que um dia conheci ao nascer do sol e assim, sou mais feliz do que jamais acreditei ser possível neste mundo de lutas, mas de desafios também, de tristeza, mas com a outra face da moeda, ou seja, a felicidade.
Finalmente, me encontro reagindo em todas as situações que me confrontar, como foi ordenado nos Pergaminhos, e, logo, essas ações e reações se tornam parte de mim, e são fáceis de executar, pois cada ato, com a prática, é fácil. Assim nasce um novo e bom hábito, pois quando um hábito se torna fácil, através de constante repetição, é um prazer executá-lo e, se é um prazer, é da minha natureza executá-lo freqüentemente. Quando eu o executo freqüentemente ele se torna um hábito e eu me torno seu escravo; e desde que seja um bom hábito é minha vontade. Hoje começo uma nova vida. E juro solenemente por minha honra e a mim mesmo que nada retardará o crescimento de minha nova vida. Não perderei um dia sequer destas leituras, pois este dia não pode ser recuperado nem posso substituí-lo por outro. Não devo e não quero quebrar o hábito de ler diariamente estes Pergaminhos e, em verdade, os poucos momentos passados a cada dia com este hábito, são apenas um pequeno preço a pagar pela felicidade e êxito que são meus. Ao ler e reler as palavras dos Pergaminhos a serem obedecidas, não permito que a brevidade ou a simplicidade de suas palavras me faça encarar a mensagem como se fosse superficial. Milhares de uvas são amassadas para encher uma jarra de vinho, a casca da uva e sua poupa ainda servem de alimento para os pássaros. Assim é com estas uvas de sabedoria das gerações. Muito tem sido filtrado e destilada nas palavras, para ser lembrado. Bebo segundo as instruções e não perco uma só gota. E engulo assim a semente do êxito. Hoje minha velha pele se assemelha a poeira. Ando a prumo entre os homens e eles não me reconhecem, pois hoje sou um novo ser, um novo destino, um novo amanhecer, uma nova alma e um novo homem.
SEGUNDO PERGAMINHO: SAUDAREI ESTE DIA COM AMOR NO CORAÇÃO.
Pois este é o maior segredo do êxito em todas as aventuras. Os músculos podem partir um escudo e até destruir a vida, mas apenas os poderes invisíveis do amor podem abrir os corações dos homens, e até dominar esta arte não serei mais que um mascate na feira. Faço do amor minha maior arma e ninguém que enfrente poderá defender-se de sua força.
Podem opor-se ao meu raciocínio, desconfiar de minhas apregoações; podem desaprovar meus trajes; podem rejeitar meu rosto; e podem até suspeitar de meus negócios; contudo, meu amor eternecerá todos os corações, comparável ao Sol cujos raios suavizam o mais frio barro.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como o faço? De hoje em diante olho todas as coisas com amor e renasço. Amo o Sol porque ele aquece os meus ossos; não obstante, amo a Chuva porque ela purifica o meu espírito. Amo a Luz porque ela me mostra o caminho; não obstante, amo a Escuridão porque ela me faz ver as estrelas. Eu recebo a Felicidade porque ela engrandece o meu coração; não obstante, tolero a Tristeza porque ela abre a minha alma. Aceito Prêmios porque são minhas recompensas; não obstante, recebo de bom grado os Obstáculos, porque eles são meu desafio.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como falo? Enalteço meus inimigos e eles se tornarão amigos. Encorajo meus amigos e eles se tornarão irmãos. Cavo fundo, buscando razões para aplaudir; jamais arranjarei justificativas para maldizer. Quando tentado a criticar, mordo a língua; quando decido a elogiar alguém, falo alto e acima dos tetos.
Não é assim que os pássaros, o vento, o mar e toda a natureza falam com música de louvor ao seu Criador? Não posso conversar no mesmo tom com Seus filhos? De hoje em diante relembro este segredo e mudo minha vida.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como ajo? Amo todos os comportamentos dos homens, pois cada um tem qualidades para ser admirado, mesmo se estiverem ocultas. Com amor derrubo o muro da suspeita e ódio que construíram em volta dos corações e, em seu lugar, construo pontes para que meu amor possa entrar em suas almas.
Amo as ambições, pois elas podem inspirar-me. Amo os reis, pois eles são apenas humanos; amo os humildes pois eles são filhos de Deus. Amo os ricos, pois eles são, não obstante, solitários; amo os pobres, pois eles são muitos. Amo os jovens, pela fé que têm; amo os velhos, pela sabedoria que partilham. Amo os formosos, por seu olhar de tristeza; amo os feios, por suas almas de paz.
Saudarei este dia com amor no coração.
Mas como reajo às reações dos outros? Com amor. Pois, sendo a minha arma para abrir os corações dos homens, o amor é também o meu escudo para repelir as setas do ódio e as lanças da ira. A adversidade e o desencorajamento ao se chocarem contra meu novo escudo se tornam como as chuvas brandas. Meu escudo me protege na feira e me sustenta quando sozinho. Ele me reanima em momentos de desespero e, contudo, me acalma na exultação. Torno-me mais forte e mais protegido usando-o até o dia em que ele seja parte de mim, e ando desembaraçado entre todos os comportamentos dos homens, e meu nome se ergue alto na pirâmide da vida.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como enfrento cada um que encontro?
De apenas um modo. Em silêncio, e para mim mesmo, dir-lhe-ei: “Eu Amo Você.” Embora ditas em silêncio. Estas palavras brilham em meus olhos, desenrugam minha fronte, e trazem um sorriso a meus lábios e ecoam em minha voz; e o coração dele se abre. E quem dirá não às minhas mercadorias quando seu coração sente meu amor?
Saudarei este dia com amor no coração.
E acima de tudo amo a mim mesmo, pois, quando o faço, zelosamente inspeciono todas as coisas antes de entrarem em meu corpo, minha mente, minha alma e meu coração. Jamais abuso das solicitações da carne, mas, sobretudo, cuido de meu corpo com asseio e moderação. Jamais permito que minha mente seja atraída para o mal e o desespero, mas sobretudo a elevo, com o conhecimento e a sabedoria das gerações. Jamais permito que minha alma se torne complacente e satisfeita, mas alimento-a com meditação e oração. Jamais permito que meu coração se amesquinhe e padeça, mas compartilho-o e ele cresce e aquece a terra.
Saudarei este dia com amor no coração.
De hoje em diante amo a humanidade. Deste momento em diante todo o ódio desaparece de minhas veias, pois não tenho tempo para odiar, apenas para amar. Deste momento em diante dou o primeiro passo necessário para me tornar um homem entre homens e o sou. Com amor, aumento minhas vendas cem vezes mais e me torno um grande vendedor, o maior de todos os vendedores. Se nenhuma outra qualidade possuo, posso ter êxito apenas com o amor. Sem ele eu fracassarei, mesmo que possua todo o conhecimento e todas as técnicas existentes no mundo.
Saudarei este dia com amor no coração.
TERCEIRO PERGAMINHO: PERSISTIREI ATÉ VENCER.
No Oriente, os touros jovens são testados para o combate na arena de um modo apropriado. São levados um a um para a arena, e permite-se que ataquem o picador que os provoca com uma lança. A bravura de cada touro é avaliada com cuidado segundo o número de vezes que demonstra persistência para investir apesar da ferroada da lâmina. De hoje em diante reconheço que cada dia sou testado pela vida do mesmo modo. Se Persistirei, se continuo a tentar, se continuo a investir, o êxito é uma conseqüencia do meu investimento, portanto sou o êxito personificado.
Persistirei até vencer.
Eu cheguei a este mundo numa situação de vitória, e o sucesso corre em minhas veias. Não sou ovelha à espera de que meu pastor me aguilhoe e acaricie, mas um leão, e me recuso a falar, andar e dormir com a ovelha. Não ouço aqueles que choram e se queixam, pois tal doença é contagiosa. Eles que se unam à ovelha. O matadouro do fracasso não é o meu destino. Meu caminho é pleno de vitórias e o sucesso é a margem de minha estrada. De vitória em vitória vivo a vida.
Persistirei até vencer.
Os Prémios da vida estão no fim da cada jornada, não no começo; não me é dado saber quantos passos são necessários a fim de alcançar o objetivo. O fracasso pode ainda se encontrar no milésimo passo, mas o sucesso se esconde atrás da próxima curva da estrada. Jamais saberei a que distância está, a não ser que dobre a curva.
Sempre dou um passo avante. Se este não resultar, dou outro e mais outro. Em verdade, dar um passo de cada vez não é difícil.
Persistirei até vencer.
De hoje em diante, considero o esforço de cada dia como o golpe do meu machado no poderoso carvalho. O primeiro golpe pode não causar tremor na madeira, nem o segundo, nem o terceiro. Cada golpe pode parecer insignificante e sem nenhuma conseqüência. Contudo, a custo de infantis golpes, o carvalho finalmente tombará. Assim também será com os meus esforços de hoje.
Sou comparável a uma gota de chuva que lava a montanha; à formiga que devora o tigre; à estrela que ilumina a terra; ao escravo que constrói uma pirâmide. Construo meu castelo com um tijolo de cada vez, pois sei que pequenas tentativas repetidas completarão qualquer empreendimento.
Persistirei até vencer.
Jamais aceito a derrota, e retiro de meu vocabulário todas as palavras e expressões negativas. Conheço-as muito bem, portanto não repito nem mesmo neste Pergaminho, pois são palavras e expressões de tolos. Evito o desespero a qualquer custo, mas se essa doença da mente me contagiar, então prossigo, mesmo em desespero. Trabalho firme e permaneço assim. Ignoro os obstáculos sob meus pés e mantenho meus olhos firmes nos objetivos, pois sei que todo o homem deve ter, e eu o tenho, um objetivo principal definido corretamente em sua vida e eu bem sei o que quero, pois sei que onde um deserto árido termina, a grama verde nasce.
Persistirei até vencer.
Eu me lembro das velhas leis comuns e as uso em meu benefício. Persistirei com o conhecimento de que cada fracasso em vender aumentará minha oportunidade de êxito na tentativa seguinte. Cada “não” que ouvir me leva para junto do som do “sim”. Cada sobrolho franzido que encontrar apenas me prepara para o sorriso que chega. Cada infortúnio com que me deparar traz consigo a semente da sorte do amanhã. Eu preciso da noite para apreciar o dia. Sei que são muitas as tentativas para alcançar o sucesso definitivo.
Persistirei até vencer.
Faço e faço e faço de novo. Cada obstáculo, considero como um mero atraso em relação ao meu objetivo principal definido e apenas um desafio à minha profissão. Persistirei e desenvolvo minhas técnicas como um marinheiro desenvolve a sua, aprendendo a escapar da ira de cada tempestade.
Persistirei até vencer.
De hoje em diante, aprendo e aplico outro segredo importante para o sucesso do meu trabalho. Ao findar cada dia, independente de êxito ou fracasso, tento efetuar mais uma venda. Quando meus pensamentos acenarem com o caminho de casa ao meu corpo cansado, resisto a tentação de partir. Tento novamente, faço uma tentativa mais para fechar com vitória e, se fracassar, faço outra. Jamais permito que o dia termine com um fracasso. Assim, planto a semente do êxito de amanhã e ganho uma insuperável vantagem sobre aqueles que interrompem o trabalho a uma determinada hora. Quando outros interrompem suas lutas, então a minha começa e minha colheita é plena.
Persistirei até vencer.
Não permito que o êxito de ontem me embale na complacência de hoje, pois essa é a grande razão do fracasso. Esqueço os acontecimentos do dia anterior, sejam eles bons ou maus, e saúdo o novo sol com a confiança de que será o melhor dia de minha vida.
Até onde o fôlego me acompanhar, Persistirei. Pois agora conheço um dos maiores princípios do êxito; se Persistirei o bastante, venço.
Eu Persistirei. Eu vencerei. Persistirei até vencer.
QUARTO PERGAMINHO: EU SOU O MAIOR MILAGRE DA NATUREZA.
Eu sou o maior milagre da natureza. Desde o começo dos tempos jamais houve outro com minha mente, meu coração, meus olhos, meus ouvidos, minhas mãos, meu cabelo, minha boca. Ninguém que me antecedeu, que ainda vive ou que ainda virá, pode andar, falar e pensar exatamente como eu. Sou uma criatura única em todo o universo. Eu sou o maior milagre da natureza. Aumentarei meu conhecimento da humanidade, o meu próprio e sobre o meu trabalho. Praticarei, melhorarei e aperfeiçoarei o vocabulário, pois este é o fundamento sobre o qual construirei minha carreira. Também procurarei melhorar meus modos e virtudes, pois eles são o açúcar que a todos atrai. Eu sou o maior milagre da natureza. Essa singularidade que me envolve é a minha diferença e ela me enche de orgulho. Investirei nessa diferença para conquistar o meu sucesso. Sou raro e valioso. Tenho potencial ilimitado.
Posso multiplicar minhas realizações. Não estou nesta terra por acaso. Fui concebido em amor e trazido à luz com um propósito. – crescer como uma montanha. Como a montanha é parte da natureza, ela não conhece a derrota. Como sou uma pessoa única no universo, vencerei porque sou o maior milagre da natureza.
QUINTO PERGAMINHO: VIVEREI HOJE COMO SE FOSSE O MEU ÚLTIMO DIA.
Viverei hoje como se fosse o meu último dia. Como esse dia é muito precioso, tamparei seu conteúdo de vida para que nenhuma gota se derrame na areia.
Não desperdiçarei um só segundo pensando no passado nem tampouco no futuro porque não posso transporta-los para o meu dia de hoje. Este dia é tudo o que eu tenho e estas horas são agora a minha eternidade.
Este dia é um outra oportunidade para que eu me torne a pessoa que poderei ser. Este será o meu dia de vencer! Não o desperdiçarei com sentimentos negativos: a dúvida, enterrarei sob a fé; o medo, derrotarei com confiança.
Viverei hoje como se fosse meu último dia. E se for, será meu maior monumento. Farei deste o melhor dia de minha vida. E, se não for, cairei de joelhos e agradecerei aos céus.
Viverei hoje como se fosse meu último dia. Não pensarei no passado. Posso reviver os erros de ontem e corrigí-los? Posso chamar de volta os ferimentos de ontem e curá-los? Posso tornar-me mais jovem do que era ontem? Não. O ontem está enterrado para sempre e nele não mais pensarei. Viverei hoje como se fosse meu último dia. Também não pensarei no futuro. Posso executar os feitos de amanhã enquanto estiver na trilha de hoje? Pode a criança de amanhã nascer hoje? Pode a morte de amanhã lançar suas sombras de volta e enegrecer a alegria de hoje? Deveria preocupar-me com os eventos que talvez jamais testemunhe? Ou me atormentar com os problemas que talvez jamais venha a ter? Não. O amanhã está tão enterrado quanto o ontem e não pensarei mais nisso. Viverei hoje como se fosse meu último dia.
SEXTO PERGAMINHO: HOJE SEREI DONO DE MINHAS EMOÇÕES.
Hoje serei dono de minhas emoções. As árvores e as plantas dependem da temperatura para florescerem, mas eu farei minha própria temperatura e a transportarei comigo.
Não trarei a melancolia, a escuridão e o pessimismo aos meus clientes. Levarei até eles a alegria, o entusiasmo, a claridade e o riso e eles reagirão com otimismo.
A minha temperatura produzirá uma colheita de bons negócios e uma gorda conta bancária. Hoje serei dono de minhas emoções. As marés avançam, as marés recuam. Vai o inverno, vem o verão. Finda-se o calor, começa o frio. Levanta-se o Sol, põe-se o Sol. Clara é a Lua Cheia, negra é a Lua Nova. Chegam os pássaros, partem os pássaros. Florescem as flores, murcham as flores. Toda natureza é um círculo de ânimos; eu sou uma parte da natureza e, assim como as marés, meus ânimos se elevarão, meus ânimos cairão. Hoje serei dono de minhas emoções. A alegria de ontem será a tristeza de hoje; já a tristeza de hoje se transformará na alegria de amanhã. Dentro de mim há uma roda constantemente a girar, da tristeza para a alegria, da exultação para a depressão, da felicidade para a melancolia. Lembrarei que, como as flores mortas de hoje carregam a semente da florescência de amanhã, assim também a tristeza de hoje carrega a semente da alegria de amanhã. Hoje serei dono de minhas emoções. Fraco é aquele que permite que seus pensamentos controlem suas ações; forte é aquele que força suas ações a controlar seus pensamentos. Cada dia que acordar, seguirei este plano de batalha antes que seja capturado pelas forças da tristeza, da lamúria e do fracasso. Cantarei se me sentir deprimido, rirei se me sentir triste. Vestirei roupas novas, se me sentir inferior; erquerei minha voz, se me sentir inseguro. Avançarei se sentir medo, dançarei se me sentir inseguro, recordarei meus objetivos se me sentir vacilante. Também tentarei compreender o ânimo daquele a quem visito e depois procurarei ser compreendido. Serei dono dos meus ânimos e assim controlarei o meu destino. Serei grande.
Relembrarei meu êxito passado se me sentir incompetente. Hoje serei dono de minhas emoções.
SÉTIMO PERGAMINHO: RIREI DO MUNDO.
Rirei do mundo. Nenhuma criatura viva ri, à exceção do homem. Sorrirei e minha digestão será melhor; rirei baixinho e minhas obrigações serão aliviadas; rirei e minha vida se alongará, pois este é o segredo da vida longa, e agora é meu. Rirei do mundo. E principalmente rirei de mim mesmo, pois o homem é mais cômico quando se leva a sério demais. Jamais cairei nesta armadilha da mente. Não será tola minha preocupação de hoje, daqui a dez anos? Por que devo permitir que os mesquinhos acontecimentos de hoje me perturbem? O que pode ocorrer ante este Sol, que não parecerá insignificante no rio dos séculos? Rirei do mundo. Três palavras ensaiarei dizer, até que se tornem um hábito tão forte que, imediatamente, aparecerão em minha mente, a qualquer momento que o bom humor ameaçar abandonar-me. As três palavras são: "isto também passará". Rirei dos meus fracassos e eles desaparecerão nas nuvens de novos sonhos; rirei de meus êxitos e eles se encolherão aos seus valores normais. Rirei do mundo.
Vou rir de mim e do mundo. Rirei para afastar as preocupações, rirei para estar mais alegre, rirei para ter vida longa e, sobretudo, rirei de mim mesmo.
Vou rir dos meus fracassos e eles se evaporarão nas nuvens de novos sonhos. Vou rir das minhas vitórias para que elas atraiam outras maiores. Rirei do mal para que ele morra esquecido e rirei da bondade para que ela triunfe.
De hoje em diante não mais derramarei uma lágrima de sofrimento, porque cada sorriso meu pode ser trocado por um bom negócio e cada palavra gentil saída de meu coração pode alavancar um novo contrato.
Rindo assim sempre permanecerei jovem e, enquanto rir, jamais serei pobre. Apenas com o sorriso e a felicidade posso apreciar os frutos do meu trabalho. Serei feliz. Terei êxito.
OITAVO PERGAMINHO: HOJE CENTUPLICAREI MEU VALOR.
Hoje centuplicarei meu valor. Um campo de barro, tocado pelo gênio do homem, torna-se um castelo; um cipreste, tocado pelo gênio do homem, torna-se um santuário; a lã tosquiada de uma ovelha, tocada pelo gênio do homem, torna-se um vestuário para um rei. Se tudo isso é possível, não posso eu fazer o mesmo com o barro que leva meu nome? Hoje centuplicarei meu valor. O trigo não pode escolher entre ser alimento do suíno, base da farinha, ou plantado para multiplicar-se. Eu posso escolher e não deixarei que minha vida seja alimento do suíno, nem a deixarei colocar-se sob as rodas do fracasso e do desespero para ser despedaçada e devorada pela vontade dos outros. Hoje centuplicarei o meu valor. A altura dos meus objetivos não me apavorará, embora possa tropeçar frequentemente antes de alcançá-los. Se tropeçar, levantar-me-ei e minhas quedas não me preocuparão, pois todos os homens devem tropeçar muitas vezes para alcançar a glória. Apenas o verme é livre da preocupação de tropeços. Eu não sou um verme. Que os outros construam uma caverna com seus barros. Eu construirei um castelo com o meu. Hoje centuplicarei o meu valor.
Hoje centuplicarei meu valor. Como um grão de trigo que brota e floresce, eu também florescerei para realizar meus sonhos. Como já sei que posso escolher meu próprio destino, estabelecerei objetivos para cada dia, cada semana, cada mês da minha vida.
O meu melhor desempenho será sempre o padrão sobre o qual projetarei meu futuro. Serão sempre objetivos muito altos pois, “é melhor apontar minha lança para a lua e acertar numa águia do que apontar apenas para a águia e acertar apenas na rocha”.
A altura dos meus objetivos não me intimidará. SE, para alcança-los eu tiver de tropeçar, tropeçarei e me erguerei corajoso. Deixarei que os outros construam sua caverna, eu construirei o meu castelo!
Hoje centuplicarei o meu valor porque as palavras desse pergaminho ficarão vivamente alojadas na minha mente e transformarão meus sonhos em realidade.
Hoje superarei toda a ação que executei ontem e amanhã superarei a que executarei hoje. Superar meus próprios feitos é a minha missão.
Hoje centuplicarei o meu valor porque o vento levará a minha voz aos que me darão ouvidos e minhas palavras anunciarão meus objetivos. Serei meus próprio profeta e todos conhecerão os meus sonhos porque sempre anunciarei meus objetivos ao mundo. Assim, não haverá saída para mim até que minhas palavras se tornem feitos realizados. Contudo, jamais proclamarei minhas realizações.
NONO PERGAMINHO: AGIREI AGORA.
Agirei agora. Meus sonhos são insignificantes, meus planos são poeira, meus objetivos são impossíveis. Todos nada vale, a não ser seguidos por ação. Agirei agora. Não evitarei as tarefas de hoje e não as deixarei para amanhã, pois sei que o amanhã jamais chega. Deixe-me agir agora, mesmo que minhas ações possam não trazer felicidade ou êxito, pois é melhor agir e fracassar do que não agir e atrapalhar-me. Agirei agora. Ao acordar, eu as pronunciarei e pularei da cama, enquanto o fracasso dorme uma hora a mais; em busca do meu pão, eu as repetirei e imediatamente enfrentarei a primeira possibilidade, enquanto o fracasso pondera, ainda, se valerá a pena. Andarei por onde o fracasso teme andar. Trabalharei enquanto o fracasso procura descanso. Conversarei enquanto o fracasso permanece calado. Visitarei dez clientes que possam comprar minha mercadoria, enquanto o fracasso faz grandiosos planos para visitar um. Direi que está tudo consumado antes que o fracasso diga que é tarde demais. Agirei agora. Agirei agora somente a ação transforma meus sonhos, meus planos, meus objetivos em força viva. A ação é o alimento e a bebida que nutrirá meu êxito.
Minha acomodação nasceu do medo. Agora sei que para romper o medo devo sempre agir sem hesitação. A ação aniquila o medo e forja um coração valente.
Agirei agora. Agirei Agora. Agirei agora. De hoje em diante repetirei essas palavras sempre e sempre para que elas se tornem um hábito como minha respiração e comandem as minhas ações. Estas são as palavras com as quais condicionarei a minha mente para enfrentar todos os desafios que o medo nos leva a acovardar-nos.
Agirei agora. Apenas a ação determina meu valor no mercado dos negócios e, para multiplicar meu valor, multiplicarei as minhas ações.
Andarei por onde o fracasso teme andar. Trabalharei enquanto o fracasso descansa. Conversarei enquanto o fracasso permanece calado.
Agirei agora, pois o agora é tudo o que tenho. Sinto fome de êxito. Sinto sede de felicidade e de conforto material. Agirei para não correr o risco de desaguar no fracasso. Eu ordenarei e obedecerei às minhas próprias ordens.
Agirei agora: esta é a hora, este é o lugar e eu sou a pessoa certa. Por isso, agirei agora!
DÉCIMO PERGAMINHO:
Buscarei abrigo numa força divina.
Para alcançar meus objetivos, pedirei e confiarei num poder superior, capaz de ouvir e atender a minha súplica.
Jamais pedirei as coisas materiais do mundo. Suplicarei apenas por orientação para que eu venha a saber a maneira de adquirir os bens materiais e a fartura.
Serei sempre atendido em minha súplica. Suplicarei como um vendedor, desta maneira:
“Ó, Criador de todas as coisas, ajudai-me. Pois hoje saio pelo mundo nu e só e, sem Vossa mão para orientar, desviar-me-ei do caminho que conduz ao êxito e à felicidade.
Não pelo ouro ou roupa ou mesmo oportunidades segundo minha capacidade, mas orientação para que possa adquirir capacidade segundo minhas oportunidades.
Ao leão e à águia ensinastes a caçar e a prosperar com os dentes e as garras. Ensinai-me a caçar com palavras e a prosperar com amor para que eu possa ser um leão entre os homens e uma águia nos negócios.
Ajudai-me a permanecer humilde nos obstáculos e fracassos; mas não oculteis dos meus olhos o prêmio que virá com a vitória.
Conferi-me tarefas para as quais outros fracassaram; mas orientai-me na colheita das sementes do êxito nos fracassos dos outros. Confrontei-me com temores que temperarão o meu espírito; mas dotei-me de coragem para rir de meus receios.
Reservai-me dias suficientes para alcançar meus objetivos; mas ajudai-me a viver este dia como se fosse o meu último dia.
Orientai-me em minhas palavras para que elas frutifiquem; mas acautelai-me a língua para que a ninguém difame.
Disciplinai-me no hábito de tentar sempre e sempre; mas mostrai-me a maneira de utilizar-me da lei das médias. Favorecei-me com a prontidão em reconhecer as oportunidades; mas dotai-me com a paciência que concentrará minha força.
Banhai-me em bons hábitos, para que os maus hábitos se afoguem; mas concedei-me a compaixão pela fraqueza dos outros. Dá-me humildade para compreender que todas coisas passarão; mas ajudai-me a contar minhas bênçãos de hoje.
Sujeitai-me ao ódio, para que ele não seja um estranho; mas enchei minha taça de amor para transformar estranhos em amigos.
Mas que todas as coisas aconteçam apenas segundo a vossa vontade. Sou uma uva pequena e solitária compondo a vinha, mas me fizestes diferentes de todas as outras. Em verdade, deve haver um lugar especial para mim. Orientai-me ajudai-me. Mostrai-me o caminho.
Deixai-me ser tudo aquilo que planejaste para mim quando minha semente foi escolhida e plantada por Vós para brotar no vinhedo do mundo.
Ajudai este humilde vendedor. Orientai-me Meu Senhor.
Um comentário:
Maravilhoso!
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